sexta-feira, 15 de julho de 2016

Assistindo Doctor Who: The Girl in The Fireplace .

Doctor Who é uma consagrada série britânica de ficção cientifica e aventura. Ainda não terminei de ver a série - estou no final da segunda temporada - mas já posso afirmar que a premissa, a ideia e o conceito de Doctor Who são geniais. É genial, pois a premissa da série abre inúmeras possibilidades para contar uma história.
  Resumidamente: O protagonista, Doctor, é um Time Lord (Senhor do Tempo) e pode viajar pelo tempo e espaço em sua nave, a icônica TARDIS. Na série acompanhamos as desventuras aventuras do Doutor e suas companheiras (no caso, Rose). É isso, simples.
   Um episódio em específico foi realmente marcante e despertou meu interesse. Estou falando de The Girl in The Fireplace, o quarto episódio da segunda temporada e, sem dúvida, um dos melhores até aqui. 
    Na história do episódio, o Doutor encontra uma nave espacial sem tripulantes, porém, dentro da nave há várias fendas temporais que levam à França pré-revolução. Lá  ele encontra Madame de Pompadour, amante de Luís XV, rei da França. Pompadour está sendo perseguida por robôs-relógio (parece estúpido, mas garanto que não é) e o Doutor promete ajudá-la.
   Enfim, é um ótimo episódio que apresenta conceitos bem interessantes e um final inesperado. O episódio me lembrou o filme Interstellar, acho que Nolan inspirou-se em certos momentos de  The Girl in The Fireplace, pena que não foi tão competente. 

Salvat: 5 Quadrinhos indispensáveis.





1-Marvels. Kurt Busiek e Alex Ross.
Publicada originalmente em 1994, Marvels apresenta os grandes momentos do universo Marvel sob o ponto de vista de um simples humano, o fotojornalista Phil Sheldon. O grande diferencial do quadrinho é, obviamente, a arte pintada de Alex Ross. Mas o roteiro de Busiek não desmerece a obra, ao contrário, a eleva. Marvels é um daqueles casos em que roteiro e arte se complementam de uma forma perfeita, ambos são extremamente realistas, a proposta da história é exatamente essa: como seria a vida das pessoas se os heróis realmente existissem? Os desenhos de Ross são estáticos, sem absolutamente nenhum movimento, o que poderia ser um defeito, afinal, é função do desenhista passar a sensação de movimento para o leitor, porém essa característica da arte casa perfeitamente com a proposta do quadrinho e faz uma alusão (numa leitura um pouco exagerada, talvez) ao emprego de fotógrafo do protagonista. Enfim, é uma fabulosa homenagem aos quadrinhos e a Marvel Comics.    





2-Arma X. Barry Windsor-Smith
Acho que todo personagem de quadrinhos tem (ou deveria ter) seu “cavaleiro das trevas”, sua magnum opus. E Arma X é o melhor quadrinho do Wolverine, na minha humilde opinião de merda. Arte e roteiro são da autoria de Barry Windsor-Smith (Conan). Não é uma hq de fácil leitura. Arma x é bastante denso, detalhista e com um ritmo no mínimo “diferente”, porém, no fim é bastante recompensador.















3-A queda de Mudock. Frank Miller e David Mazzuchelli

Grande clássico do homem sem medo, basta dizer que é Frank Miller no auge.



















4- Supremos. Mark Millar e Bryan Hicth

Supremos tem as principais qualidades do quadrinho de super-heróis moderno: diálogos afiados, um roteiro ágil e uma “pegada” mais séria e realista. Esse é o grande charme de Supremos, é crível e grandioso. 

















5- Guerra Civil. Mark Millar e Steve Mcniven 
Depois de alguns acontecimentos trágicos com um grupo de super-heróis e um colégio infantil, o governo decide tomar medidas drásticas e aprova uma lei que define que todos com poderes devem se registrar. Ocorre uma divisão entre os heróis: o grupo liderado pelo Homem de Ferro é a favor do registro e o outro grupo, liderado pelo Capitão América, é contra o registro. Uma saga extremamente interessante, e está na moda devido ao filme que ainda vai estrear. O diferencial da hq é que não há um vilão, mas apenas dois pontos de vista diferentes, e cada leitor decide qual lado está com a “razão”. Que obviamente é o do homem de ferro.  








Obs: Obviamente muitos quadrinhos ficaram de fora, a lista de publicação é gigante.



Miracleman. Livro 1 : Sonho de Voar






Escrita pelo genial Alan Moore, Miracleman é uma hq britânica escrita no inicio dos anos 80. É bom deixar claro que não sou nenhum critico especializado ou coisa do tipo, então não espere análises profundas ou respostas sobre a vida, o universo e tudo mais (42).
 Porém, todavia,entretanto.... o fato de eu ser apenas um ser humano insignificante e não ter capacidade suficiente para analisar a obra por completo, não quer dizer que Miracleman seja um quadrinho raso.
Enfim...
Acompanhamos a história de Mike Moran, um repórter de meia idade que vêm sofrendo de fortes dores de cabeça, Mike tem um casamento aparentemente estável mas uma vida medíocre. Moran redescobre seus poderes por acaso, cobrindo um protesto numa usina nuclear. Miracleman é um quadrinho absolutamente inovador, apresentando conceitos e ideias não tão comuns nas hqs de seu tempo. Se compararmos Miracleman com os quadrinhos oitentistas da Mavel, como por exemplo: Homem Aranha, Capitão América, Vingadores, a diferença é notável e gigantesca. Miracleman é um quadrinho com um outro tipo de pegada, é adulto (a nudez é tratada de forma bastante natural, por exemplo), violento e complexo. O fato de ser uma obra britânica é, também, um dos principais motivos pra essa diferença tão discrepante, os quadrinhos europeus sempre tiveram uma narrativa diferenciada.

O maior mérito de Miracleman é, definitivamente, a escrita de Moore, que com um texto brilhante consegue capturar a atenção do leitor por completo. Os diálogos são criveis e realistas (o proselitismo é muito comum em obras da mesma época). Realismo é a palavra-chave aqui. O texto de Moore consegue muitas vezes impressionar, algumas vezes o tom é bastante poético.

"Como uma pipa que perdeu a guerra contra o vento,eu flutuo crucificado no céu...
Suspenso entre o solo e as estrelas, entre o paraíso e a Terra, entre os anjos e os símios.
Não há ninguém como eu.
Eu sou Miracleman.
A gravidade é um gigante emburrado que agarra irritantemente meus calcanhares.
A ventania é minha amante. Eu deslizo meu corpo através de seus vetores árticos e seu suspiro é um êxtase de pássaros.
Suas unhas roçam minhas costas e ela uiva com amargura, implorando que eu fique, suplicando para que eu renegue o planeta sombrio e invejoso que aguarda abaixo. Mas eu não posso.
 Não posso.
 Não posso.
(Miracleman n.3, pg.20)    



Pode limpar suas lágrimas, meu caro leitor inexistente. Vai lá, eu espero.
Outro mérito da obra é a arte. Na verdade arte e texto se complementam perfeitamente. Alan Davis é o grande culpado. Lembra quando eu disse que roteiro é brilhante? Pois é, os desenhos também são. Se Miracleman estivesse hoje nas bancas, eu não estranharia sua arte. É importante citar a incrível batalha de Miracleman e Kid Miracleman  (o ponto alto desse arco, inclusive).


Lembre-se que Wacthman e Dark Knights, que muitas vezes são citados como dois dos mais influentes quadrinhos da época (e realmente são), vieram depois de Miracleman. Ambos são de 1986 e Mircaleman de 82. Enfim, é leitura obrigatória pro amante da nona arte, pro pseudointelectual, pro cidadão de bem e para toda família tradicional brasileira.



teste

o cara, pensa que é bonito ser feio